Pular para o conteúdo principal

História de uma mãe apaixonada pelo filho


Texto enviado por Carolina Vieira, uma das mães que estariam presentes no dia das mães do Programa Vibe Positiva.
Observação: o texto está postado sem nenhuma intervenção gramatical ou de outro aspecto para manter o realismo que exige o texto.
Parabéns, mães!
José Miguell Halffitth


Aracaju, 8 de Maio de 2018
Programa VIBE POSITIVA

Ser mãe....

"Sou Carolina Vieira, tenho 36 anos e mãe de Fernando Gabriel de 1 ano e 2 meses.
A minha gravidez não foi programada, muito menos planejada. Lembro como se fosse hoje, acordando com uma sensação estranha, não me sentindo bem ( aliás fazia uns 4 dias que não me sentia bem) e no banheiro descido fazer o exame de farmácia, algo me dizia que poderia ser mas não queria acreditar....e ficou dois traços vermelhos!!!!! Custei tanto a acreditar que fiquei trancada no banheiro por mais de uma hora. Passou um filme na minha cabeça, tudo que vivi no passado e um filme de como seria minha vida no futuro.
Assistindo a tantos e tantos vídeos da internet de como revelar ao esposo ou companheiro que vai ser papai, cheguei a um dia até pensar: “ se um dia eu ficar grávida, vou fazer essa surpresa pra ele”. Doce ilusão...aquela tirinha de papel que indicava o futuro criou cola e não saiu das minhas mãos e fui até o nosso quarto e contei a novidade. Uma mistura de emoções, muito feliz e ao mesmo tempo super preocupada. Nunca meus pensamentos ficaram tão embaralhados quanto naquele dia, parecia que estava em uma montanha russa, pensava: “E agora? Tenho 35 anos! Será que é de risco? Terei que fazer um tratamento diferenciado? Por onde começar? E o meu trabalho? E a faculdade (é a segunda que eu faço)?” A cabeça fervia... Eu me tornando mãe e querendo a minha!!!! Custava acreditar, tanto que fiz meu esposo e futuro pai a me levar na emergência e fazer o exame de sangue, o detalhe é que esse tipo de exame não se faz em atendimento emergencial, mas estávamos tão aflitos que o hospital fez o exame e ficamos a mais longa 1 hora aguardando o resultado, com os parabéns do doutor, mais uma confirmação!
Então partimos para as maratonas e exames consultas e finalmente escutar os primeiros “tum tum” do coraçãozinho do nosso anjinho...uma emoção que não existe palavras para descrever, o pai tentou filmar mas ficou tão nervoso que quando escutou o coraçãozinho do Fernando ele achou que era o dele próprio. Mas saímos da sala do exame com a cara estampada de felicidade que todos na clinica nos olhavam e ficavam imaginando o que poderia ter acontecido com nós dois, muitos também sorriram em resposta como se soubessem...
O tempo foi passando, a barriga crescendo, as consultas do pré-natal era só elogio, o que pra mim era uma surpresa, pois, biologicamente estava me tornando mãe tardia, sempre tive acima do meu peso e nunca fui adepta o estilo fitness (surpreendeu até a obstetra), mas também não sou de ficar parada, sempre trabalhei e estudei (faculdades e cursos extras), talvez isso também tenha ajudado, mas uma grade parcela eu devo a minha mãe, pois ela cuidou muito bem da minha saúde e de minha irmã quando éramos crianças e o resultado foi uma gravidez tranquila, sem enjoos e as pequenas complicações dos primeiros meses, dormia e comia bem.
O grande dia chegou! Na verdade era pra chegar lá pro dia 15 ou 20 de Março, mas Fernando resolveu vir no dia 2 de Março, dois dias depois do meu aniversário!!! Foi o melhor presente que Deus poderia me dar...
De tantos livros que li, de tantos sites que visitei e perguntas que fiz a outras mães, no momento que peguei Fernando pela primeira vez esqueci tudo que tinha estudado, decorado e treinado para quando esse momento chegasse. Mas com o passar dos dias, cada hora que eu passava com ele, aquele medo que eu tinha foi se transformando pouco a pouco em confiança e certezas. Porém até hoje me sinto culpada por não ter amamentado Fernando e não sei explicar o que aconteceu, pois eu tinha leite, mas não sei se era o suficiente ou se não sabia dar a mama para ele ou se foi todo o estresse que passei no pós parto, porque isso não contam nos livros ou na internet. Sim, nós mães sofremos estresse no pós parto e muita gente julga dizendo que é frescura....não é! Mas isso é o menos dos problemas, visto a benção nos seus braços. Hoje Fernando esta pesando 12kg500 e muita gente não acredita que ele foi alimentado a base de fórmulas.
É como dizem: “Quando nasce um filho, nasce a intuição!”
Me sinto tão poderosa quando ele chora e sei exatamente o que ele tem, o que quer ou o que precisa....principalmente quando o esposo pergunta como eu sabia o que era!
Me sinto especial quando tantos outros tentam colocar ele pra dormir e ele só dorme no meu colo, segurando o meu cabelo e cheirando.
Me sinto única quando ele tenta dar os primeiros passos e só consegue quando me abaixo, olho pra ele e o chamo.
Me sinto a mãe mais feliz do mundo quando saio do consultório pediátrico das consultas de rotinas e a doutora fala que está tudo bem e que ele é super saudável. Dá até vontade de dar um grito de felicidade no saguão da clínica.
Me sinto abençoada toda vez que olho pra ele e ele me responde com um sorriso e os bracinhos esticados para que as mãozinhas toquem o meu rosto.
Me sinto valiosa para Deus por ele me presentear com a honra de cuidar aqui na Terra de Seu mais precioso tesouro que hoje chamo de filho.
É isso e muito mais outras coisas que me faz esquecer as dores nas costas, o cansaço nas pernas, as olheiras das noites mal dormidas, do cabelo pra retocar a raiz, das unhas por fazer e ainda sim me sentir feliz por essa nova fase da minha vida. Uma fase que abri mão do trabalho com carteira assinada e agora trabalho em casa pra mim e por ele, agora faço muitas horas extras mas o pagamento é passar cada minuto do dia pertinho dele, isso é a melhor recompensa. "


Carolina Vieira

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Saudades

      Saudade, sentimento que guardo das pessoas que se foram ou que já não mais perto de mim moram. Saudades das eras de ouro da minha vida. Saudades de outrora, de antigamente quando nós podíamos viver sem o medo de sermos trocados por aparelhos celulares. Saudades de tudo aquilo que nós falamos, brigamos, choramos, amamos. Saudades das visitas quase eternas de alguns bons amigos. Saudades de todos aqueles que foram importantes para  o nosso crescimento, seja emocional ou profissional.  Saudades de uma amizade que segure em nossas mãos e nos diga: "estou aqui." Saudades de mim, de ti e de nós quando, num pretérito não muito distante, éramos carentes apenas de dinheiro. Saudades dos domingos em família, quando nos reuníamos e tínhamos  a agradável sensação de estarmos num lugar nosso, de pertencimento. Saudades de uma realidade menos violenta, mais simples e menos conectada. Restam apenas saudades. José Miguell Halffitth 

Por que...?

  Por que precisamos mostrar aos outros nossas melhores roupas se as nossas melhores vestes são o nosso caráter e a nossa humildade?  Por que precisamos mostrar aos outros os nossos melhores calçados se os nossos melhores calçados são a nossa personalidade e a nossa perseverança? Por que precisamos mostrar a nossa grandeza para gente pequena se elas não conseguem entender o quão grandes somos? Por que precisamos mostrar aos outros as nossas carências se elas são depósitos vazios de afetividade e amor? Por que precisamos agradar às pessoas desagradáveis se elas são um poço de desequilíbrio e ignorância? Por que...? Por que...? Nada é grande se a alma é pequena. Tudo se apequena quando nós não conseguimos tocar positivamente no coração do outro.  José Miguell Halffitth