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Mostrando postagens de outubro, 2020

Nós e nós

         Como não nos valorizarmos se a única pessoa que nos acompanha o tempo todo somos nós mesmos? Como não nos amarmos se a vida nos coloca frente a frente conosco? Como não termos a consciência de que somos   a diferença na visão do outro, mas, para sermos aceitos,  devemos nos enquadrar? Então, não há como fingirmos esquecer que somos partes de um retalho de outras histórias e somos histórias de outros retalhos também? Não há! Nossa vida é o resultado de tudo o que vivemos, fazemos e presenciamos, e nem tudo tem resposta. A vida  é tão coletiva e tão solitária quanto a roda-gigante. Por isso, os nossos monólogos são tão importantes quanto os diálogos que fazemos diariamente.        Nossa vida é baseada na consciência da diferença. Essa  diferença nos faz buscarmos ser iguais, tornando -nos peças nada raras de um jogo de cartas já marcado. Eis a dificuldade de sair desse jogo: fora dele, não há outras cartas que se encaixem. Frente a frente conosco, percebemos nossa singularidade