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Mostrando postagens de 2019

Estradas

     Estradas longas,  estradas rodeadas de espinhos. Estradas marcadas pelo suor humano. Estradas que  nos levam ao abismo.  A estrada são as escolhas que  temos na vida.                                                                     Sempre há duas ou mais estradas. Uma  elimina a outra. Sempre existe, no mínimo, duas opções: uma é muito curva,  a outra linha reta, mas esta nem sempre é  a mais  prazerosa. Ah, e há quem fique no meio do caminho .                                                                 Estradas curtas, mas que nos prendem, mas há estradas longas que nos libertam. O caminho fácil quase sempre é enganador.                    Estradas que se transformam em nós.  Estradas que se fazem de encruzilhadas, estradas que perdem o sentido com o tempo.                                    José Miguell Halffitth

Ilimite-se

         A vida pede que saibamos viver. Assim, sonhe, desponte como o maior. Fuja da mesmice, da prisão da memória. Protagonize a sua história. Busque o que quer sem fazer o outro de tapete. Não queira ninguém de enfeite.                                               Lembre-se de que a vida não é um sonho, mas pode ser um pesadelo. Que a felicidade são momentos; que a saúde é o mais precioso bem. A infelicidade chega forte a quem amor não tem.                                                               Transforme-se, não se conforme. Não pare. Ame,  chore, grite! Socialize-se. E se puder, reclame. Bastante!  Queira muito, queira pouco, mas queira. Mude tudo caso precise, mas mantenha a essência humana.                                              Não se limite nem limite o outro. Seja uma referência para quem ama e a  referência para si próprio. Intensifique a sua vida, pois ela pede sempre mais.  Viva apenas o agora. Inspire, expire, suspire. Informe-se, liberte-se.  Revire-s

Vidas

                     Uma vida regrada ou nada convencional é como uma página rabiscada ou inteiramente escrita. Ela é cheia de vazios e espaços ilegíveis.  Mas também espaços de muitas leituras. Ah, que vida inteira de significados .                                                Há vidas sem amor. Há vidas sem prazer. Há vidas sem pudor e  vidas sem querer. Mas também,  vidas com amor. Vidas por amor. Vidas vivas. Vidas prometidas. Há vidas programadas. Há vidas disfarçadas. Há vidas consagradas. Há vidas desregradas.                                                        Há vidas jamais vividas. Vidas sem vida. Vidas reprimidas. Vidas queridas. Vidas de sonhos. Vidas de enganos. Vidas sem razão. Vidas sem paixão. Vidas ingênuas, sedentas. Vidas repletas de armas, de nada. A efemeridade é o sentido.         Há vidas em forma de correntes, outras em forma de sementes. São tantas carentes, outras dementes, poucas pulsantes e milhões de indecentes. Como entender essa multip

Na atualidade!

       Na atualidade, há as pessoas visíveis e as invisibilizadas. Há amantes da vida, da pureza e da marginalidade. Há amores rasos e fugas da realidade.                                     Há mentes estranhas, fragilizadas, ameaçadas pela fraqueza humana. Há rastros de gente perversa que mente. Há claras intenções negativas, com fortes indícios positivos. Cuidado, hein?!                                    Há ironias disfarçadas de elogios; anti-heróis sendo heróis aos teus olhos, com máscaras difíceis de tirar. Há vazios cheios de significados e muitos espaços sem nenhum.                         Há falsos gritos de liberdade. Há monstros querendo ser gente e gente querendo ser monstros. Há rostos naturais e há os plastificados. Há também circo sem palhaço e palhaço sem circo.                        José Miguell Halffitth

Caras e coroas

           Tu és cara, e eu, coroa. Eu sou cara, tu és coroa. A vida nos possibilita viver ora cara, ora coroa.  Num instante, somos várias caras e várias coroas.                Tu és prata, e eu,  bronze. Eu sou prata, e tu, bronze. Também podemos querer ser ouro ou outro. Um diamante, quem sabe. Podemos também ser um dinamite. E há quem acredite.                                     Tu és amor, e eu,  sedução. Eu sou amor, e tu, dramatização. Eu, razão, tu emoção. Mistura louca, não? E assim, nossos sentimentos revezamos. Somos tudo e nada, nada e tudo. É a lei da bipolaridade. Ops ! Saudade!                                                                    Tu és sonho, e eu desejo. Eu sou luz, e tu, escuro. Recombinamos e mudamos. São sensações em momentos diferentes: ausentes em uns, em outros, presentes. São oposições frequentes. José Miguell Halffitth

Partir

       Partir é se desvencilhar de um estado nem sempre conveniente. É mergulhar na luz ou nas trevas do não planejado. É desagregar por não ser amado. É andar desatinado, problemático ou também aceitando o novo caminho andado.         Partir é saudade e tristeza, é esperança e festança, sonho e proeza É estar e ser apressado, é desabrigar e estar abrigado. É querer, ou não, estar do outro lado. É pertencer às memórias e ao passado.        Partir é ferir, é despedir-se, é viver em outro lugar. Partir é se aventurar em campos desconhecidos. É dor,  é perda, é lamento, é alívio. Partir é morrer ou viver. Tudo depende do caminho percorrido.                     Partir é morar na mente de alguém, apertando o coração de quem fica. Partir é dividir, é soma, é miltiplificação ou subtração. Partir é dor, é superação, é viagem e resgate. É deixar semente, somente. José Miguell Halffitth

Solidão

Solidão se significa, é como discurso do silêncio. Ela sustenta, mas muitas vezes não aguenta o grito de alguém que sofre. Mas ela é também ela uma prática de vida, agradando a quem dela faz uma amiga. A solidão rompe espaços, individualiza sentimentos, torna a vida mais egocêntrica, fornece meios de sobrevivência. Ela é médico e paciente, vivente e sobrevivente. A solidão sao os riscos, rabiscos de sentimentos...Solidão é resquício de atitudes cheias de significados ou de inaceitaçao do outro. Solidão é desapego aos outros e apego a si mesmo. A solidão desperta os eus, amplia os espaços vazios, completa o universo particular,  anula as horas. Ela é traiçoeira, faz -nos criar mundos, submundos. Mundos insensatos, pacatos, mas cheios de vozes ferozes... A solidão cria laços de amor a si mesmo(a), mas também desorganiza o ser em carência. Esta o sustenta ou o arrebenta. A solidão cria vagos e demasiados pensamentos. Ora ela é a salvação ora,  a destruição. Mas é também sentim

Se a vida...

         Se a vida é mágica,  eu sou o mágico. Se os caminhos têm pedras, aproveito-as e transformo-as em poderosos alicerces. Se os sonhos perduram, eles valem a pena, mas se duram pouco, são desejos.          Se a vida é uma guerra, eu sou guerreiro. Se é um fracasso,eu sou coadjuvante. Se o vazio se fizer presente, preencha-o de sonhos. Se não há vazios, muito fútil tua vida é.  O equilíbrio é o ideal...           Se tropeço, se caio, me levanto. Não me perco em vazios, em insignificâncias, pois busco a perseverança e a fé na esperança.            Se a vida não é a que busco, o erro está nas escolhas;  se está ótima, também; Se o retrocesso se fizer presente, fuja dele enquanto há tempo.                    José Miguell Halffitth

Mirei

Errei, mirei no coração, mas acertei na razão Busquei equilíbrio no desequilíbrio Apostei no céu estrelado, mas obtive o nublado Aguardei o novo, mas o velho pôs-se à frente de novo Mirei no amor, mas me encontrei com a dor Mirei nos sonhos e felicidade, mas vivi pesadelos, superei os medos, mas não a vaidade Tornei-me num ambíguo ser, baseado no querer, ter e poder A dialética se fez presente como presente . Mirei na compressão, visitei as incompreensões, Vivi nos corredores da desilusão, na contramão Fundei e fundi outros eus, me perdi e, assim, ganhei Mirei na paixão, mas vivi nos corredores da desilusão, Vivi a superação, mas a solidão e a tentação montaram-se no palco da vida, sem explicação Tropecei no ego, busquei o apego, perdi o sossego,  mas aprendi com o desapego José Miguell Halfffitth

Mente insana

Mente que mente Maledicente  e fingida Que chora insensatamente O que não vê e sente Mente que insanamente Chora e ri com a mesma intensidade Mas, concomitante, finge não ser maldade Mente insana Que finge amar e odeia Que odeia como quem ama Mente insana Que desfarçadamente Trapaceia e chama para a morte José Miguell Hallffitth