Frágeis relações. Vivemos de artificiais amizades e da nulidade de emoções verdadeiras...Bem-vindo à realidade nua, crua e cruel. A verdadeira face de cada um é mascarada e redesenhada. Até mesmo numa festa à fantasia, as máscaras são mais facilmente identificáveis.
Frágeis verdades. Vivemos num mundo de gentileza forçada, aparências mascaradas, onde a carência fragiliza a verdade dos sentimentos. Parece um teatro com atores e atrizes atuando perfeitamente.
Frágeis firmezas! Vivemos um teatro em que nada mais é tão firme, nem mesmo a personagem. Uma hora, ela é desfeita, e a falsidade faz-se presente, desencobrindo toda a capa. Assim, o brilho se perde, o opaco vira referência.
Frágeis necessidades. Vivemos de relações de utilidade que se formam em abundância, mas todos reconhecem que não há nada na relação a não ser o utilitarismo. E então, a vida passa a ter um grande drama que aparece nas sutilezas das relações humanas, e as almas adoecem diante de tantas artificialidades. Já não conseguimos pisar firme no mundo chamado coração alheio.
José Miguell Halffitth
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