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Frágeis relações

       Frágeis relações. Vivemos de  artificiais amizades e da nulidade de emoções verdadeiras...Bem-vindo à realidade nua, crua e cruel. A verdadeira face de cada um é mascarada e redesenhada. Até mesmo numa festa à fantasia, as máscaras são mais facilmente identificáveis.
   
        Frágeis verdades. Vivemos num mundo de gentileza forçada,  aparências mascaradas, onde a carência fragiliza a verdade dos sentimentos.   Parece um teatro com atores e atrizes atuando perfeitamente. 
        
       Frágeis firmezas! Vivemos um teatro em que nada mais é tão firme, nem mesmo a personagem. Uma hora, ela é desfeita, e a falsidade faz-se presente, desencobrindo toda a capa. Assim, o brilho se perde, o opaco vira referência.
    
    Frágeis necessidades. Vivemos de relações de utilidade que se formam em abundância, mas todos reconhecem que não há nada na relação a não ser o utilitarismo. E então, a vida passa a ter um grande drama que aparece nas sutilezas das relações humanas, e as almas adoecem diante de tantas artificialidades. Já não conseguimos pisar firme no mundo chamado coração  alheio. 
      
                          José Miguell Halffitth

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Saudades

      Saudade, sentimento que guardo das pessoas que se foram ou que já não mais perto de mim moram. Saudades das eras de ouro da minha vida. Saudades de outrora, de antigamente quando nós podíamos viver sem o medo de sermos trocados por aparelhos celulares. Saudades de tudo aquilo que nós falamos, brigamos, choramos, amamos. Saudades das visitas quase eternas de alguns bons amigos. Saudades de todos aqueles que foram importantes para  o nosso crescimento, seja emocional ou profissional.  Saudades de uma amizade que segure em nossas mãos e nos diga: "estou aqui." Saudades de mim, de ti e de nós quando, num pretérito não muito distante, éramos carentes apenas de dinheiro. Saudades dos domingos em família, quando nos reuníamos e tínhamos  a agradável sensação de estarmos num lugar nosso, de pertencimento. Saudades de uma realidade menos violenta, mais simples e menos conectada. Restam apenas saudades. José Miguell Halffitth 

Por que...?

  Por que precisamos mostrar aos outros nossas melhores roupas se as nossas melhores vestes são o nosso caráter e a nossa humildade?  Por que precisamos mostrar aos outros os nossos melhores calçados se os nossos melhores calçados são a nossa personalidade e a nossa perseverança? Por que precisamos mostrar a nossa grandeza para gente pequena se elas não conseguem entender o quão grandes somos? Por que precisamos mostrar aos outros as nossas carências se elas são depósitos vazios de afetividade e amor? Por que precisamos agradar às pessoas desagradáveis se elas são um poço de desequilíbrio e ignorância? Por que...? Por que...? Nada é grande se a alma é pequena. Tudo se apequena quando nós não conseguimos tocar positivamente no coração do outro.  José Miguell Halffitth